SÓ A VERDADE NOS LIBERTARÁ

"Somos anjos perdidos. Asas mortas no chão desde a primeira audição da palavra impossível" F. Rocha

Textos

A DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA
"vou-me embora pra passárgada. Lá sou amigo do Rei..." (Manuel Bandeira). Se o dinheiro é considerado um elemento vital de todo organismo político, pois mantém ele vivo e atuante habilitando-o a desempenhar sua função primordial, que é a de melhorar a qualidade de vida da população, caso haja deficiência em sua aplicação, ocorrerá malefícios de toda ordem, e ainda a mesma ficará sujeita a não ter até as necessidades básicas atendidas. Caso esse povo tenha uma consciência crítica elevada, não tardará muito esse mesmo governo perecer ou mergulhar em fatal atrofia. Se fizermos uma análise rápida da administração pública no Brasil, vamos observar que, desde os primórdios de nosso descobrimento pelos portugueses em 1500 (descobrimento esse que já tinha ocorrido muito antes), convivemos quase que diariamente com uma história de desmandos, os quais indicam que existem muitas distorções nas atribuições do Estado. Com isso, não é difícil de constatar que antigas práticas do coronelismo, do nepotismo e da centralização da tomada de decisões, onde na maioria dos casos é para atender a interesses de poucos, sempre em prejuízo do país, ainda são características marcantes em diferentes estágios da gestão pública no Brasil. Com a democratização da sociedade, que ainda está longe de atingir o ponto ideal, desvios de toda ordem constantemente aparecem nos noticiários, demonstrando que, mesmo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, várias ações irresponsáveis surgem no cenário nacional, estadual e municipal. A malversação do dinheiro público é latente, senão da forma orçamentária (controle da receita e despesa), aparece na forma de assistencialismo de forma irresponsável e também de caráter eleitoral, nas concessões das bolsas da vida. Com isso, nosso pais situa-se de forma vergonhosa a nível mundial entre os que detém os piores indicadores de qualidade de vida, com taxas altíssimas de analfabetismo real ou funcional, onde, analfabetismo real são as pessoas que não sabem ler nem escrever, e analfabetismo funcional são as pessoas que sabem ler e escrever, mesmo que de forma mínima, mas não possuem a habilidade de interpretar textos e realizar operações matemáticas (isso não aconteceria se os 25% na educação fossem aplicados de forma correta). Como disse o poeta "vivemos em um país abençoado por Deus e bonito por natureza", mas carente em políticas públicas que realmente atendam aos interesses de cuidar do bem maior que é o povo. E, para completar a festa, temos a máquina pública com déficit por conta de cuidar mal do numerário arrecadado. Sabemos que esse mal que assola o país desde sempre, está hoje impregnado na cultura gerencial implementada pelas elites, e mesmo com a lei fiscal em pleno vigor (graças a Deus que ela foi promulgada, ainda que tarde), necessário haver um controle ainda mais eficaz na arrecadação, aplicação e gastos dos recursos disponíveis. Cabe a nós iniciarmos as mudanças, pois agora, em 07 de outubro de 2018, será o ano da renovação contratual para os cargos de Presidente, Senador, Governador, Deputado Federal e Estadual. Sim, renovação contratual por intermédio do voto livre, soberano e democrático, pois nada mais são do que nossos servidores, remunerados com o suor dos altos impostos que pagamos, onde se espera que eles façam jus ao subsídio que irão receber. A nível federal e estadual, principalmente, pense bem na hora de renovar o contrato. Será que o seu funcionário (deputado) está em condições de ver renovado o pacto entre você (cidadão) e representante legislativo por intermédio do voto?
Mendes Neto
Enviado por Mendes Neto em 14/09/2009
Alterado em 18/09/2018


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