A ARTE DE GOVERNAR BEM
“a arte de governar consiste em não deixar envelhecer os homens nos seus postos” (NAPOLEÃO BONAPARTE).
O que é um bom governo? O bom governo é aquele em que o povo o elege, como fonte única de sua atuação. È aquele que, a qualquer custo, coloca sempre o bem comum à frente dos interesses particulares. É aquele que elege uma cidadania ativa de participação direcionada a todos os cidadãos, sejam ricos ou pobres, em detrimento de um governo autista. Governar bem é colocar o bem comum como única meta a atingir, sendo capaz de contrariar até sua própria ideologia, se isso for necessário para salvaguardar o bem comum, devendo colocar sempre o Estado acima de qualquer ideologia partidária, sabendo também reconhecer seus limites e capacidades, não recuando nunca perante as adversidades, respeitando e reconhecendo o valor e a pujança da juventude e utilizá-la como fonte de sucesso. Deve o bom governo promover uma identidade no cidadão, que coincide com a busca de uma identidade nacional, respeitando a consciência individual e coletiva de cada um. Porque, ser cidadão, é olhar o mundo que nos rodeia com olhos de ver, tomar posse das identidades, das diferenças e da diversidade de cultura, bem como ser responsável por uma participação ativa. Junto ao governo e a própria sociedade. E, participação ativa requer uma cidadania eficaz, na medida de basear-se em um saber verdadeiro, fundamentado e imparcial. Atualmente, na vida das sociedades modernas, há de fato uma crise mais grave do que qualquer crise econômica, câmbio, nas finanças públicas, mais grave porque a mãe de todas elas é a crise do pensamento econômico. O palácio é feito antes da estrada, a avenida antes de se ter água e o jardim é adubado com os esgotos das ruas. A tendência natural de um mau governo é deixar a responsabilidade para os outros. Contudo, torna-se cada vez mais imprescindível a participação ativa de cada um, para que o conhecimento seja implementado e assim o desenvolvimento da economia se realize com a contribuição de todos. Por isso, cada cidadão deve estar realmente bem informado e com conhecimento para poder compreender a amplitude do seu poder de ser cidadão. É fundamental que o governo habilite o indivíduo a tomar escolhas e participar eficazmente da vida em sociedade. E para que esses objetivos se realizem deve-se cada vez mais reforçar o regime democrático para: colocar o bem comum acima dos interesses de grupos, regiões, classes ou outras entidades particulares; promover a segurança individual e coletiva; alcançar a prosperidade econômica; proteger os direitos individuais; providenciar a defesa e a segurança nacional (em especial de nossa Amazônia); promover formas éticas de comportamento na comunidade nacional; Mas para que isso venha a acontecer, deve-se: abandonar aquilo que não funciona e nunca funcionou, aquilo que perdurou para além da sua utilidade e da sua capacidade de contribuir; concentrar-se nas coisas que funcionam, que produzem resultados, que melhorem a capacidade de desempenho da organização; analisar os êxitos e os fracassos parciais – uma viagem total, a qual exige que se abandone tudo o que não têm um bom desempenho e que se faça mais com tudo o que funciona; buscar na juventude a força dinamizadora necessária a uma crescente vitória na vida ativa. A sociedade deve exigir um grupo de liderança que possa transformar as tradições locais, particulares e separadas, num compromisso comum de valores, num conceito de excelência e de respeito mútuo, exigindo uma liderança instruída e universal. E, para que isso ocorra, deve-se ocorrer um exercício de educação permanente, com o intuito de alertar para a necessidade de uma cidadania ativa e persistente. Educar é despertar. Ser cidadão é estar sempre acordado e atento. Isto se chama a arte de governar bem.
Mendes Neto
Enviado por Mendes Neto em 14/04/2010
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