VENTO
O vento uiva madrugada adentro. Chora junto com os pobres e lazarentos que vagueiam pela noite fria e úmida. Vento. Vem de longe, muito longe, para tocar de forma dolorosa a face do homem. Que reluta em entregar-se totalmente a Deus, a Cristo. Mesmo sofrendo, não cede. Prefere a luxuria do que o bálsamo consolador. O vento aumenta então seu chicotear. Grita de dor e lamento o homem. Junto com ele, vem o clamor do Pai para que a humanidade se entregue totalmente. De forma única. Sem retorno. Até que, em uma madrugada fria, finalmente prostra-se o homem ao solo e clama com o coração aberto e sangrando a misericórdia divina. Ela vem! Ela acalma! Ela cura! O vento então diminui sua ira, para dar lugar ao amor de DEUS. Mendes Neto
Enviado por Mendes Neto em 07/06/2011
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