Fim de tarde.
O sol vai sumindo no firmamento. Cansado, exaurido, muitas vezes com o coração partido. Eu, aqui, também cansado, exaurido por não ter alguém para abraçar, muito embora esteja bem perto. Mas, amanhã, outro dia nascerá. Outra rosa surgirá no jardim da vida. Quem sabe mais formosa e alegre. A cena se repete diuturnamente. Não vejo uma luz ao fim do tunel. Então, renasço das cinzas em busca de novo alento para viver. Um novo sonho se orquestrando em meus pensamentos. Arrumados. Desajustados. Mas pronto para a limpeza geral. Como o planeta passa por uma modificação profunda, o meu eu interior também está buscando uma mudança desde os mais remotos confins do meu coração e alma. A alma clama por algo que tem perto mas não tem acesso. Por um beijo tão perto e tão distante ao mesmo tempo. Por um momento de sensualidade que nunca chega. Fatal é a vida do homem. Ele tem que ser forte, másculo, viril e saber de tudo. Pura ignorância quem pensa isso. Todos somos eternos aprendizes, da vida, do amor, do conhecimento. E assim chega o fim de uma tarde. Lentamente o sol vai morrendo no horizonte para renascer de uma forma magnifica. Assim é minha vida. Amanhã, quem sabe, quando o astro rei aparecer no horizonte, com toda sua energia, levante eu também com uma energia capaz de tudo mudar. Fim de tarde... Mendes Neto
Enviado por Mendes Neto em 08/05/2020
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