![]() Anoitece. Rondo a cidade a te procurar. Silhuetas perdidas encontro pelas ruas escuras. Garoa fina molha meu rosto, que esconde lágrimas que rolam por minha face. Em cada beco, alguém a espreita. Para abater sua próxima vítima. Talvez escondendo dele próprio. Tudo desmoronou quando se perde o grande amor. Vacilo. Erros. Não há amor que resista. Como Judas traiu Cristo, a traição não tem perdão. Mas Cristo perdoou. Enquanto isso, transeuntes andam pelas ruas de paralelepípedos molhado. Param de bar em bar bebendo a vida. Esquecendo-se dela própria. Choram! Gritam! Mas ninguém para ouvir ou muito menos oferecer um sorriso. Rumam então ao abatedouro. Beber o último gole. Último suspiro. Para nunca mais acordar. Mendes Neto
Enviado por Mendes Neto em 21/05/2025
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